Bem vindo!

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Release da 1ª Postagem


1ª Postagem - Reflexão

Aproveito-me dos mistos sentimentos que me cercam para tecer o meu momento de reflexão, e desejo que reflita junto comigo para que possamos crescer ainda mais e evoluir nosso pensamento crítico. Sei que para alguns falar em pensamento crítico parece bobagem e/ou perda de tempo, infelizmente Jesus não conseguiu agradar a todos, e por não falar o que queriam ouvir foi morto.
A forma de pensar, falar, agir, dentre outros, delineia o perfil de cada um. Peço desculpas àqueles que não tiveram oportunidade de me conhecer, embora sei que boa parte dos que me ouviram, pelo calor das palavras me conheceram.
Infelizmente parece que a vaidade de alguns não permite o crescimento de outros, mesmo que isso lhe custe tempo para macular a imagem alheia. Porém aqueles que se respaldam pela honestidade, pela ética, pelo profissionalismo e sobretudo pela empatia, que defino aqui como o exercício contínuo de se colocar no lugar do outro, o que facilita o ouvir de nossos próprios dizeres, não se importam com a retribuição, tampouco reconhecimento por algum feito ou cumprimento de uma missão que lhe seja conferida.
Aprendi, não nos estudos da psique mas na atividade profissional de ouvidoria, que a escuta a alguém que tem um determinado problema, nos possibilita um grande crescimento enquanto ser humano, mesmo que não caiba a nós a resolução de seu problema, contudo a negação da escuta nos faz ficar cada vez mais quadrados no rolar dos caminhos da vida, nos deixando embotados afetivamente e mais sozinhos com o passar dos dias.
Descobri que as pessoas não são iguais nem semelhantes e por isso não podemos parametrizá-las, cada um tem um motivo para ser o que é, o que não lhe isenta nas suas atitudes com os outros, pelo contrário a experiência serve para pesar ou aliviar ainda mais a consciência nas horas de descanso. O detalhe disso tudo é que lidar com frieza a tais coisas, propicia um esquecimento imediato gerando certo “alívio”, mas que faz aglutinar uma grande parcela de coisas ruins dentro de nós, que reverbera quando refletimos sobre elas.
Notei que um bom ambiente de trabalho depende da disposição de cada um para auxiliar o outro em alguma dificuldade, a quem quer que seja, sem pensar em promoção pessoal, em prol do crescimento homogêneo de todos. Para mim essa é a melhor definição de equipe.
Certa vez um amigo me falou que sábio era aquele que aprendia com o erro dos outros, até concordei com ele na época, porém hoje afirmo que sábio é aquele que aprende com os próprios erros, porque é deles que tiramos a experiência que nos dá 3 opções: Você regredir; você permanecer; ou você se impulsionar e ir além. Hoje prefiro ficar com essa última opção, encarando o fato da bolha não ter suportado o crescimento e ter explodido.
Lembrem-se sempre que o que faz um relógio funcionar são as pequenas engrenagens e não simplesmente uma bateria qualquer.
Antonio Melo

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Luz, câmera, ação!



Bom pessoal;
Sei que minha área não tem muito haver com jornalismo, entretanto trabalhamos com  a subjetividade e toda e qualquer informação mexe com a subjetividade alheia. Pois bem - O que desejo refletir aqui hoje é a respeito da profissão de jornalista. Que tipo de profissionais estamos formando? Porque o STF decidiu que para atuar como profissional não é necessário a formação? São algumas perguntas que me tomam quase sempre que assisto os jornais locais. Quase sempre o abuso desses profissionais acabam denegrindo a imagem alheia, muitas vezes sem a permissão das partes e sobretudo têm uma contribuição absurda na elevação dos índices de violência. Que a sociedade sofreu muitas mudanças é fato, e não quero polemizar ao avaliá-las enquanto benéficas ou não, porque é uma construção nossa, mesmo que de forma inconsciente, quero abordar sim o combate desregrado à lei, moral e sobretudo à ética. Que os meios de comunicação refletem o desejo de seus donos é fato, agora o que me deixa boquiaberto é a busca desenfreada por audiência explorando a miséria alheia, banalizando o crime e as mazelas sociais, retirando do indivíduo a responsabilidade para gerar mudanças sociais e responsabilizando-o quando destoa do comum - não dá para entender o parâmetro da marginalidade; o que é certo ou errado depende de um momento, não fazendo apologia ao crime aqui, e da opinião, muitas vezes insensata de um apresentador.
Engraçado; às vezes a busca para aparecer na mídia é tanta que até alguns agentes do estado sentem-se verdadeiros atores de hollywood ou o Capitão Nascimento do Tropa de Elite, em que há todo um aparato tecnológico, um carro fazendo o acompanhamento da operação no solo, por vezes ao vivo, outras no “luz, câmera, ação...” helicóptero no ar gravando imagens aéreas, quando de repente um repórter desce do carro veste um colete, o câmera não (porque não aparece), diversas viaturas à frente, de repente o mesmo fala, comando, comando... vamos gravar (ou de repente ao vivo), o pelotão se forma à frente, conta 1, 2, 3, GRAVANDO, e de repente, gratuitamente começa a correria, o repórter começa a correr junto vira para a câmera de diz é tiro, é tiro, exclusividade a equipe sendo recebida à tiros..., um garoto ao lado solta uma traque desses juninos e de repente a polícia sai do foco, para para descansar um pouco, comercial... e assim todos os dias a vida continua... com muitos profissionais da segurança sérios e outros Wagner Moura, contribuindo ainda mais para o antagonismo entre a marginalidade que ganha troféus para o abate de policiais e para a disseminação dos ARs (Auto de Resistência).
É preciso que hoje cada um de nós se posicione frente a essa situação porque a banalização da violência não dá mais para aturar, sob pena de retrocesso na compreensão do outro e na busca pelos Direitos Humanos. Reitero o fato de que não defendo o crime nem seus agentes, porém profissionais da comunicação: cuidado com a sociedade que vocês estão criando sob o argumento de ser do gueto (ghetto).

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bullying...


Vivo preocupado com as novas patologias que estamos criando pra justificar alguns de nossos comportamentos. Temos observado nos telejornais uma série de acontecimentos, fora do comum, em que a própria mídia não consegue dar conta de uma explicação e culpabiliza não o indivíduo por seu ato e sim sua história de vida, como se alguém tivesse acesso a ele senão o próprio agente, encontrando respaldo na sociedade consumista criada por ela.
Tudo isso são os novos sintomas da pós-modernidade, frutos da sociedade que estamos criando. Não sei se é uma evolução; saímos da depressão, o foco da década de 90, entramos no stress, no pânico, no TOC, e agora fresquinho no Bullying, em pensar que na época de Freud era a histeria. Realmente não sei aonde vamos parar.
Semana passada estava circulando no Facebook uma corrente:

“Eu fui criança e não tive Blackberry, Iphone, Wii, Playstation3 e muito menos Xbox. Brincava de queimada, soltava pipa, taco, só ia para casa quando escurecia. Minha mãe não ligava no celular, só gritava: "Pra dentro!" Brincava com amigos, descalço, na areia, no barro e não usava sabonete antibacteriano. Na escola me apelidavam de tudo, eu descontava e apelidava também, e ninguém sofria de "bulling". Que infância boa!

Quando eu era criança jogava bola e vídeo-game, porém meus pais me advertiam até onde devia ir, me ensinaram os limites e eu os respeitava, mais meus pais que os limites até, mas hoje eu pergunto cadê o pai e mãe na educação? É mais fácil colocar a culpa da educação no estado do que se responsabilizar por ela; afinal todos nós somos responsáveis por este mundo cada vez mais frio que estamos experimentando.
Se isso é bom ou ruim, não sei e não quero fazer juízo de valor a respeito, daqui a alguns anos saberemos, ou nossos filhos, as consequências. Bem vindos a Pós Modernidade.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Reativação do Blog

Bom Pessoal,
Após um bom tempo sem postar o blog estará sendo atualizado em breve.
Conto com a participação de vocês.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Recomeço



"Sempre é tempo de recomeçar. Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos. Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade. Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou. Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado. Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel. Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo. Não reclame da dor, ela é a conselheira que nos chama de volta ao caminho. Não se espante com as pessoas, cada um carrega dentro de si, dores e marcas que alteram o seu comportamento, ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos melancólicos e só queremos ficar sozinhos... O mundo está cheio de novas oportunidades, basta olhar para a terra depois da chuva. Veja quantas plantinhas estão surgindo, como o verde se espalha mais bonito e forte depois da tempestade. As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos. Todo o caminho tem duas mãos, uma que seguimos ainda com passos inseguros, com medo, porque não sabemos ainda o que vamos encontrar lá na frente, na volta, mesmo derrotados, já sabemos o que tem no caminho, e quando um dia, resolvemos enfrentar os nossos medos e fazer essa viagem novamente, somos mais fortes, nossos passos são mais firmes, já sabemos onde e como chegar ao destino, o destino é a vitória, o seu destino é ser feliz, eu creio nisso, e você? Você está pronto para recomeçar? O caminho está a tua espera, pé na estrada, coloque um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila, a vida se enche de novidades para os que se aventuram na viagem que conduz a verdadeira liberdade."

Autor Desconhecido.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quinta-Feira 07/04/2011...





Bom Pessoal;
Hoje venho até aqui, com imensa consternação, prestar solidariedade para com as famílias das crianças envolvidas na tragédia no Realengo, Rio de Janeiro. Saúdo os heróis que evitaram que a tragédia se propagasse ainda mais, na figura do bravo Sargento impôs a parada da chacina. Porém uma interrogação não se desfaz com desenrolar do caso: O que leva uma pessoa a cometer tais atrocidades?
Bom, antes de pensar um pouco nisso, queria parabenizar a rede globo, de quem não sou muito amigo, pela cobertura com maestria dos fatos, mesmo estando ao vivo durante todo o dia, o que gera dificuldade na cobertura e na lisura das informações, preocupou-se em mostrar mais fatos do que suposições, mas isso será assunto do próximo embate por aqui, que tratará a respeito da mídia (a língua está afiadíssima).
De um lado, um jovem, filho adotivo de pais já falecidos, de poucas palavras, seduzido por armas e uma sede de sangue. Nas mãos uma carta desconexa, falando de lençóis brancos e um ritual de sepultamento da qual era o protagonista.
Do outro lado, grandes brasileiros do porvir, vítimas de uma única e breve interrogação, da qual não tiveram tempo pra perguntar, embora o ambiente fosse o do saber. Crianças que trouxeram aos seus pais o brilho nas respostas aos porquês do dia-a-dia, que em segundos foram levados a outra dimensão. Pequenos aprendendo a subir os degraus que conduzem ao sucesso, em busca da melhoria de vida de seus pares e da esperança de mundo melhor, pelo menos resumido a comunidade a qual residiam.
Hoje milhares de brasileiros se emocionaram, dos quais cito uma pessoa que jamais imaginei ver gotejar uma lágrima dos olhos, uma mulher tida como “fria”, que parou seus compromissos oficiais, como chefe de estado, e se emocionou diante de todos. Outros mostraram que são importantes tanto quanto a Presidente da República, e que se voluntariaram na ajuda as vítimas, como aquele rapaz que parou sua Kombi para dar socorro àquela criança ferida, o Sargento, e tantos outros anônimos que foram de vital importância.
Encerro aqui com uma grande interrogação sem resposta e receio que ninguém a terá. Aproveito-me de alguns versos de Cazuza para aproximar-me das famílias nesse momento:            
“A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói.”

terça-feira, 5 de abril de 2011

Convite à Hipocrisia

Bom Pessoal:
Estava agora a pouco assistindo o CQC e vi a polêmica repercussão em torno das afirmações do Deputado Jair Bolsonaro, o que impulsinou-me a expressar minha opinião a respeito.
Pra quem não sabe o "nobre" deputado está no seu sétimo mandato. Aí eu pergunto quem elegeu esse cara, para que o mesmo deboche da cara da gente sem o menor pudor? Lembrando da afirmação dele em ser um puritano que não gosta de promiscuidade. rs.
No quadro do CQC, Preta Gil havia perguntado o que Jair faria se seu filho namorasse uma garota negra. Ele responde: 
Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu. 
Dou meus parabéns ao deputado não pela declaração em si, mas pela discussão que girou em torno de sua opinião. Lembro-me aqui de uns enscritos do também "nazista" Arnaldo Jabor que, com razão, afirmava ser o brasileiro um povo bobalhão, que acha graça em tudo, como se estivesse contando piada no enterro do próprio pai.
Vejo o julgamento que fazem do parlamentar por todo o país, o execrando por emitir sua opinião sensacionalista. O que me indigno é que boa parte dos que o crucificam pensam como ele. São poucos, em percentual, os brasileiros que aceitam a homossexualidade de seus filhos por exemplo. Vejo no lunático a opinião de milhares e milhares que o elegeram como representante, que num momento de surto, tem inúmeros lapsos na fala que expressam suas verdadeiras convicções, o que choca nossa sociedade ora moderna, ora puritana. Vejo que estamos muito preocupados com a opinião de pessoas públicas, muito mais que as nossas opiniões, muitas vezes veladas ou escondidas atrás do anonimato, por medo de afastar-se da mediocridade.
Observo que sempre estamos esperando por mudanças, porém com muito medo delas. Medo de arriscar, de pagar o preço, de sair da zona de conforto. Quantos de nós, até mesmo esquerdistas, não temeram quando Lula foi eleito? Ou melhor a palavra certa nesse caso não seria temor e sim tensão. Todos nós temos medo do novo e por isso nos furtamos quase sempre. Raramente temos coragem de dizer o que realmente pensamos sobre o nosso cotidiano. Estamos muito mais preocupados em reproduzir discursos de alguém, porque esses falaram e em algum momento tiveram virtude, nisso nos escondemos, para sermos aceitos. Trabalhamos em prol de sempre agradar, mesmo que isso seja prejudicial ao outro; é apenas o que ele quer ouvir, para ter o ego confortável.
De fato não sei o que é pior entre reproduzir o discurso de alguém, sem nenhuma originalidade, ou se furtar e não dizer nada a respeito. A mediocridade dá ânsia de vômito. Coitado de Jesus: o povo que o seguia gritava: Senhor, Senhor; foi so ele está no desconforto e o discurso mudou: Crucifique-o, crucifique-o.
Pelo amor de Deus, vamos sair do lugar de vítimas da História, por favor.